segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Corinthians 1977 - Rumo ao título (2)


O segundo jogo do Corinthians no turno decisivo do Paulistão de 1977 tinha tudo para ser uma grande festa. Mas a festa foi dos visitantes. Pela terceira vez no ano, a Ponte Preta bateu o Corinthians. Foi 1 x 0, gol de canela de Rui Rei aos 10 minutos do segundo tempo, no dia 11 de setembro daquele ano. O técnico Osvaldo Brandão, precavido com os revezes anteriores (4 a 0 para a Macaca no primeiro turno em Campinas e 2 a 1 no Pacaembu no segundo turno), armou o time fechado, com Luciano e Adãozinho focados só na marcação no meio campo e o ponta Vaguinho com a obrigação de colar em Odirlei. O jogo foi feio e truncado, segundo os relatos dos jornais na época, mas o Corinthians ainda consegui acertar uma bola no travessão no primeiro tempo. Os mais de 63 mil corinthianos que foram ao Morumbi naquele domingo ficaram bem cabreiros. Será que a esperança ia virar pó de novo? Com os resultados dos jogos até aquela momento, Ponte e Botafogo lideravam o Grupo E, com quatro pontos ganhos, seguidos por Santos com 3 pontos e Palmeiras com 2. No grupo F, a Portuguesa apontava na liderança, com 3 pontos, seguida por São Paulo, com 2, e Corinthians e Guarani na lanterna, com 1 ponto. O jogo seguinte seria contra o Palmeiras, adversário da final do segundo turno. E já era decisão.

Enquanto isso... Naquela semana, o assunto no futebol era a violência dos torcedores. No jogo contra o Santos, um integrante da Gaviões da Fiel levou uma facada de santistas dentro do Morumbi e levou 26 pontos nas costas. Entrevistado na época, ele contou que foi para as Clínicas, foi atendido, voltou ao estádio ficou até o Timão empatar o jogo. Então, desmaiou de dor. De uma reunião de uma associação das torcidas organizadas com o coronel Erasmo Dias, então secretário de Segurança Pública, surgiu a ideia de separar a entradas das torcidas e a proibição da entrada de vasilhames de vidro e de objetos de metal nos estádios. Também foi anunciada a criação de um seguro para o torcedor. Quem tem ingressos do final dos anos 70 pode observar que há um número de apólice no canhoto.

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